O ESPELHO
Na aparência mais de trinta, vendedora de uma loja em bairro nobre. Homens e mulheres desfilam pelos corredores. Todo dia o ritual: Lojas; vitrines; luzes e comerciais.
Encerra o expediente. Corre o filho à espera enfrente a TV. Tira o salto, em seguida a mascara. Ela, detergente para os pratos, sabão para as roupas, sabonete para o corpo, creme para as mãos, tinta no cabelo, esmalte nas unhas, maquiagem ao rosto - O patrão pede.
O dia amanhece: café; biscoito; manteiga; leite; queijo. Olha o relógio - o tempo passa por cima e não perdoa. Um corpo reflete ao espelho. No rosto cansaço, nas mãos o perfume - cambaleia. Em momento de lucidez - ergue-se. Quebra o espelho.
Por: Marta Pinheiro
O dia amanhece: café; biscoito; manteiga; leite; queijo. Olha o relógio - o tempo passa por cima e não perdoa. Um corpo reflete ao espelho. No rosto cansaço, nas mãos o perfume - cambaleia. Em momento de lucidez - ergue-se. Quebra o espelho.
Por: Marta Pinheiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário