Olhar do ARTISTA percepção e arte

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

FRAGMENTOS EM SETE PARAGRAFOS

 Ao entrar nesta sala, o forte cheiro da tinta. A modernidade da cor ressalta a transparência  da porta, iluminada pelo sol. Em mãos o pincel, em tela uma vida que ficou.
 A cortina movia-se conforme a brisa pela janela , com ela, fleche de luzes incandescentes. Sobre a mesa nua,  o pequeno lampião  ao lado da fruteira vazia.  Lembranças de uma bela viagem.
O suor no corpo anuncia o verão. O pequeno povoado a beira mar.  Ao cair do sol a lua surgia como grande anfitriã, no espetáculo das estrelas ao céu. Observar os corpos, naquele magnífico cenário,  levava à busca do lápis e papel. Desenhar misteriosas formas era como decifrar as faces.
 Cada detalhe rabiscado eram pontos deslocando-se no espaço. Os movimentos dos corpos , musica, dança e poesia.  Formas de expressões surgiam como fotografias. Mas, lá estava à escuridão. A busca por um ponto perdido.  Deixando escorrer entre os dedos, sentimentos e emoções.

 Por: Marta Pinheiro

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