Olhar do ARTISTA percepção e arte

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

FUGA

 

Logo cedo fugi.

No mergulho do mar

Senti o sal da terra.


Confesso: chorei!

Na imensidão...

O feitio humano.


domingo, 13 de dezembro de 2020

2020


Até ontem um medo danado de estar contaminada pelo tal virus. Afinal, ele vem ceifando vidas. O medo me provocou uma tosse nervosa. Pensei comigo mesma: não é possível que depois de ter me escondido desse maldito durante 9 meses, ele vai querer chegar aqui agora? Nao! É final de ano em meio a expectativa da chegada da vacina, ele que vá de reto. Esbravejando me revoltei. Não! Assim não é possível, eu aqui inerte e o meu Brasil com um presidente sem partido. Meu Deus! Os governadores e prefeitos que LUTEM. Eu? A guerreira mais sensata das guerreiras, me disfarçando de ruiva pra fugir do maldito. O que fazer com "O escaravelho do diabo"? Lascou-se. O jeito é atacar de "O Diabo Veste Prada". Vixe! Não adiantou nada, mas já que estou loira, vou pegar meus gatos e viajar com "Alice no país das maravilhas". Não vai dar certo, estou prestes a fazer 6.1, não sou "uma  garotinha com minhas meias 3/4, sou é do grupo de risco. Nossa! Já é 12/12, preciso agir rápido. A sagitáriana que habita em meu "EU" já puxou o arco e flecha. Então, seguirei convocando "As Amazonas" e os "Spartacus" para uma "Viagem no tempo", falando em tempo lembrei da época em que um ex-governador californiano pediu para Muybridge provar que o cavalo ao correr fica com  as quatro patas no ar. Daí "The Horse in Motion" é considerado por muitos como o primeiro filme realizado. Deixemos o tempo passado e vamos para o hoje. Uma série de seriados e efeitos. Tem até a galerinha do Lol em um sucesso danado. Melhor lembrar que estamos em "Terra de gigantes" seguir na luta para não se deixar levar em um "Ensaio para segueira" e acabar caindo no fundo de "O poço", sabemos que nele já estamos. Vamos deixar de mimimi e comemorar o meu aniversário de forma VIRTUAL. Afinal, não é nada fácil aniversariar nesse"Tisunâmi" de vírus... Chegamos ao caos, dizem que essa é "A onda" a segunda de várias que estão por vir. Lascou-se de vez! Vamos seguir "De volta para o futuro", só não sei se um, dois, três ou mil. 😜 Enquanto isso vamos de parabéns pra mim mesma, kkkk👏👏🎉🎊🎈 Saúde e felicidade 🎂🎁 Eu, mereço, kkkkk ❤️🥰💋   Sou doida não. Tudo isso é lucidez. Tô de covid19 não. Só uma pegadinha de leitura de texto 😂 Gratidão 🙏 🙏🌻

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

O PERCURSO


Hoje, amanheci um tanto triste, porém logo me animei ao dialogar com meu filho. Percebi que a Pandemia tem levado os bons filhos a serem ainda mais pacientes, acolhedores, afetuosos e amorosos. Acolhida e transbordando em  amor me animei seguindo até Itapuã para resolver assuntos imediatos. No caminho, encontrei mulheres aparentando a mesma faixa de idade que a minha, algumas talvez um  tantinho mais. Dentre elas haviam guias que como filhas  entornavam cuidados e afetos no percurso da Av. Dorival Caymmi.  Todas com máscaras e olhos sombrios, seguiam esse itinerário perfumado de amor,  reconheci uma delas: ganhadeira da comunidade que sorrindo com os olhos acenou com um gesto de saudações. Em meio aquele movimento,  fui informada da perda de uma das rosas  daquele jardim. Descanse em paz Cira.💔

terça-feira, 10 de novembro de 2020

PANDEMIA-olhar poético


O isolamento forçado pode ser o momento propício para refletirmos sobre nossas vidas. A singularidade pode nos arremeter a uma teia de relações humanas com o intuito de nos atentarmos para o individual e ao mesmo tempo entrarmos em sintonia com os nossos irmãos. Aqueles que aqui estão e os que em outra dimensão buscam o melhor para humanidade. Portanto, se faz nescessário nos unirmos, ultrapassarmos preconceitos ideológicos sem disseminarmos o ódio. Não cabe mais nos sentirmos melhores que o outro, muito menos o escolhido por forças superiores maiores com intuito de tentar escolher o destino do próximo. Estamos todos em uma teia, entrelaçados e tecidos por  provações. Nessa vida somos expostos e vulneráveis as espiações  espirituais. Estamos aqui de passagem em aprendizados cumprindo provações e esse momento de pandemia é propício para  refletirmos  sobre as vertentes dos girassóis sem Sol. 

Marta Pinheiro

17/03/2020

sábado, 5 de setembro de 2020


PLANETA

Andar de ônibus.

Amar o frio no vento ...

Admirar o tempo!

Ver sementes romper.

Terra!

Setembro de 2017 - Marta Pinheiro.

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

PANDEMIA


O isolamento forçado pode ser o momento propício para refletirmos sobre nossas vidas. A singularidade pode nos arremeter a uma teia de relações humanas com o intuito de nos atentarmos para individual e ao mesmo tempo entrarmos em sintonia com os nossos irmãos os que aqui estão e os que em outra dimensão buscam o melhor para humanidade. Portanto, se faz nescessário nos unirmos, ultrapassarmos preconceitos ideológicos sem disseminarmos o ódio. Não cabe mais nos sentirmos melhores ou o escolhido por forças superiores maior. Nós somos provações nessa vida, estamos expostos e vulneráveis as espiações espirituais. Estamos aqui a cumprir provações e esse momento de pandemia é propício para  refletirmos sobre a vertente dos girassóis sem Sol.

Marta Pinheiro
17/03/2020

 

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

ELA É LINDA


Uma noite em claro, relembrando o dia em que cheguei do Rio de Janeiro, aos nove anos de idade, até o dia do aniversário de tia Cleusa no ano de 2019. Recordei a primeira vez que ela é tio Reinaldo me apresentaram o mar. Era um dia ensolarado no meio da semana em uma praia deserta. Minha tia usava um maiô preto, Reynaldo uma bermuda xadrez. Caminhávamos entre pedras e areia  à procura  de um melhor local para o banho.

Vislumbrada com a imensidão azul, eu sonhava para além da beira mar . Me via em uma mistura de fascínio, medo e a tentação de mergulhar na água profunda. Ainda criança causava reação de estranheza em boa parte das pessoas por Fazer perguntas e indagações com olhares, com esse meu jeito curioso de ser. Entretanto , percebia que tia Cleusa e tio Reinaldo  não se incomodavam com meu silêncio interrogativo. Os dois me acolheram  e me apresentaram a cidade de Salvador. Foi com tia Cleusa que conheci a Baixa dos Sapateiros, as lojas de tecidos e sapatos, os passeios estreitos e as ruas calçadas em pedras. Certa vez perguntei: é Baixa dos Sapateiros por vender sapatos? Ela sorriu! Em seguida foi me dizendo os nomes das ruas transversais, desde o Aquidabã  até a Barroquinha. Eram nomes, nomenclaturas e  signos que eu  desconhecia da nossa Salvador.

Certo dia seguimos para a avenida Joana Angélica, subindo a rua Chile. Passando pela Praça da Piedade tia Cleusa me conduziu pela mão até  uma bela igreja  que até hoje ali se encontra. Ela se ajoelhou e fez uma oração. Eu observava os arredores, as pinturas no teto, as vestes dos santos e as magníficas expressão de cada um deles. Os anjos sobrevivam sobre nossas cabeças, eu? Sonhava! Ainda tínhamos muito o que percorrer. Outras ruas transversais e igrejas; cada uma  mais deslumbrante que as outras. Uma maioria brilhava como ouro. Seria o ouro real?

Passamos por lojas e lojas no corredor da Avenida Sete , mas o que eu admirava eram os camelôs e o momento em que parávamos em uma lanchonete lá no Relógio de São Pedro. Comíamos esfirras com suco de laranja. Tia Cleusa havia saído de um plantão no hospital Manoel Vitorino  e precisava se alimentar. Cuidava com amor e dedicação dos pacientes, mulher sensível, dedicada, generosa e acolhedora.

Seguimos nosso caminho e ao subirmos a Rua Chile, ela apertou a minha mão acelerando os passos. Tinha receio que eu sentisse medo da “mulher de roxo”. Não, eu não sentia medo, sentia o mistério daquela estranha mulher e curiosa, lançava mil perguntas e tive uma resposta: Segundo o povo, aquela mulher havia sido abandonada no altar no dia do casamento. Nesse dia tia Cleusa me levou à Loja Sloper, me falou sobre padre Sadock e com semblante triste, sobre a demolição da Igreja da Rua Chile, onde houve a celebração do seu casamento.

Em época a Rua Chile era o auge do comércio em Salvador. A concorrência era grande e havia muitos consumidores. As lojas lotavam, pessoas circulavam entre vendedores e mercadorias. Naquele dia um casal de idosos olhavam de maneira insistente para tia Cleusa, até que se aproximaram sorridentes e disseram: desculpa por estarmos lhe olhando é que fazia um bom tempo que não víamos uma mulher tão linda quanto a senhorita. Tia Cleusa sorriu, percebi sua pele alva ressaltar  seus lábios rodeado e fazer brilhar os olhos negros que combinavam com o tom dos cabelos seu cabelo curto. O sorriso tímido iluminou sua linda face.


segunda-feira, 25 de novembro de 2019

LÁGRIMAS

Entre os céus e a terra
Um mar triste
                   Reflete tons acinzentados

Gotículas salgadas
Deslizam entre os lábios
O amargo da alma!
✍️

quarta-feira, 5 de junho de 2019

               
                 ENTRE O FAVO E O  MEL. 🍯

O ano era de 1970, ainda uma jovem menina, lembro que havia uma comeia do tamanho de uma jaca, ficava ao fundo da casa cercada pelo verde e a beleza das flores. Ninguém tocava na comeia é claro, e a cada dia ela aumentava de tamanho. Minha mãe sempre me dizia: elas não vão atacar ninguém, se não mexer na sua moradia, assim foi feito. Eu gostava de ficar observando seus movimentos naquele espaço, o vai e vem entre as flores e, as janelinhas de sua moradia, pensava o quanto seria incrível uma casa de mel, lembrava da historinha infantil de uma casa construída com chocolate, torrões de açúcar, biscoitos e confeites, lembranças que me fazia sentir fome de doce. Naquele vai e vem cheio de zum, zum, recordavame dos dia de Cosme e Damião que vivi na cidade onde morei, lá se fazia fanfarras adocicadas para as crianças e nessas lembranças a fome só aumentava. Voltava a minha realidade e a curiosidade em saber o que havia além das abelhas e do mel dentro daquela comeia só aumentava. Em uma  certa manhã ao despertar do dia, observei que não havia o zumbido e o vai e vem das minhas doces amiguinhas, corri até o fundo da  casa para constar o que não queria, elas haviam partido e ao chão diante dos meus pés se encontrava o doce lar em pedaços e entre o adocicado do mel havia algumas delas sem vida estavam lá, até hoje não sei o que aconteceu, só sei que, dali descobri que o sangue amarelado que escorria entre elas, e a textura do mel, se chamava própolis. 
05/06/2019
De agora ✍️ por Marta Pinheiro. Inspirações imagéticas.

quinta-feira, 1 de novembro de 2018


A VIAGEM

     A casa era na Rua Nilo Peçanha, em Nilópolis, cidade do Rio de janeiro, não era muito grande, mas tinha uma vasta área ao redor. Espaço suficiente para abrigar aquela forte mulher, chamada Maria. O ano era de 1967. Naquele mês de Novembro a beleza das flores cercava a casa, fazendo a felicidade das cinco crianças que lá moravam. Mas, a maior felicidade estava no entre olhar de Maria que, em meio às malas, arrumava alguns pertences, com a ajuda do filho mais velho. Aventura que se repetia todos os finais de ano.

     Maria sentia-se só naquela estranha cidade. O marido era caixeiro viajante, casaram-se em Salvador e se aventuraram para o sul em uma longa viagem de navio. Ali, constituíram família e sempre que possível seguiam para a Bahia – Festas Natalinas. Na semana que antecipava o mês de dezembro, um ritual pairava naquela casa. A expectativa das crianças colaborava para a ansiedade da mãe. O filho mais velho, com a constante ausência do pai, tornara-se o melhor amigo, partilhando todos os momentos difíceis – o braço direito da família.

     As malas eram arrumadas com antecedência, os preparativos para a viagem, consistiam em cuidados com a saúde, que, em alguns momentos, fragilizava-se diante da precariedade, porém nesse dia tudo foi diferente o mistério invadiu aquela casa. A viagem seria longa, mas nada desencorajava Maria que, entre um momento e outro, respirava fundo, demostrando, em seus negros olhos amendoados, sinais de cansaço. A coragem enaltecia ainda mais a beleza exótica daquela grande mulher, que, por vezes iluminava os ares com seu largo sorriso.

    Em dezembro, vésperas do dia doze, aniversário da filha do meio, no decorrer da madrugada estavam todos arrumados com roupas de festa – fariam a viagem. As duas meninas vestiam o mesmo modelo de roupa, a diferença estava apenas nas cores. A aniversariante usava uma boina em tom verde musgo, que lhe caia muito bem sobre a testa, combinando com a blusa branca de caça bordada, a mini saia tinha a mesma cor e do aveludado da boina. Os dois meninos trajavam bermudas escuras com suspensório. O caçula ainda bebê, seguia nos braços da mãe.

     Era de costume o pai de Maria vir da Bahia antecipadamente, para seguir viagem com a família – o que não ocorreu. Com a ajuda de um amigo, seguiram com seus poucos pertences e, com o dia ainda meio noite viajaram em uma Kombi branca até o terminal Rodoviário do Rio de janeiro. Ao se alojarem em poltronas confortáveis dentro do ônibus, a presença do pai das crianças, foi uma surpresa. Lá, estava ele com um semblante pesado e triste para despedir-se da mulher e dos filhos, prometendo busca-los após as férias – O ônibus partiu, a rodoviária foi se distanciando junto a ela, a figura do pai em memória.

    Maria se acomodou em uma das poltronas, com os dois filhos menores. As meninas em outra, com o irmão mais velho. Cada vez mais a estrada alongava-se, a expectativa, a ansiedade e mistérios dos dias anteriores, fez com que os filhos daquela mulher repousassem em um profundo sono. Ela, não dormia em vigília constante, cuidava dos filhos – no rosto o cansaço.

   Um dia se passou, uma noite se foi, ali dentro daquele ônibus. Ao amanhecer as crianças, não mais trajavam a roupa de festa, no decorrer da noite a mãe as trocou, enquanto dormiam - seria mais um dia inteiro de viagem. Para Maria, era valido qualquer sacrifício pela segurança dos seus filhos, tendo em vista que, logo estariam sob a proteção dos seus entes querido. A determinação e coragem daquela mulher superava qualquer problema que pudesse estar por vir. Mas, um fio de preocupação pairava naquele belo semblante.

     As crianças deslumbravam-se com a paisagem que ligeiramente desapareciam entre os vidros da janela do ônibus. Ela sabia que se aproximava o momento da chegada – hora de trocar as vestes que seria as mesmas da partida. Apesar do cansaço, o entusiasmo era imenso. Lentamente, a Rodoviária de Salvador aproximava-se, junto a ela, um distinto senhor nos aguardava. Vestido em terno de linho branco e chapéu panamá em tom perola o senhor acenava com um lenço também branco. Ali, estava o pai de Maria, avô das crianças – As vestes que a aniversariante trajava era presente dele. A boina na cabeça era uma forma de simbolizar o partido politico a qual ele militava – Uns diziam que ele era comunista, outros que era anarquista, porém o distinto homem que andava sempre alinhado, era apenas, um trabalhador bem informado que trazia sempre um lenço em mãos, um chapéu panamá na cabeça, e um jornal politico embaixo do braço.

     Logo, seguiram por mais uma vez em uma Kombi também branca – Seus familiares os esperavam. Lá, foram recebidos com satisfação. A mãe de Maria, não se continha de satisfação. Ver todos os netos reunidos era uma felicidade completa. Papai Noel foi generoso com todos, os sobrinhos de Maria exibiam seus presentes. Mas para Maria e seus filhos nada poderia ser maior, ou melhor, que estar ali, no seio dos entes queridos.

     As ferias que pareciam ser breve prolongavam-se cada vez mais. Deu-se início às aulas, as crianças foram matriculadas em escolas diferentes. O primogênito e a irmã mais velha passaram a morar com uma das tias e dois primos. Maria, a filha do meio e seus dois irmãos menores, se abrigaram na casa da irmã mais nova daquela mulher. A aniversariante do mês de dezembro, todo Natal antes de dormir, coloca o sapatinho na janela e sonha, e sonha, com uma caixinha cheia de maravilhosas lembranças daquele lugar que ficou para trás, após a viagem.

Salvador, 01 de dezembro de 2011.





terça-feira, 23 de maio de 2017

DOIS POETAS & O TEMPO



DOIS POETAS E O TEMPO

O tempo passará...
Diante do meu ser.
- Sou o meu viver!

O tempo...
Passa por cima
- Não perdoa.

O tempo é o perdão suave e imperceptível.
Contínuo, e firme conduz a carne.
- Em pura sua ilusão narcisista.

Abre o espírito!
Na jornada longa pelo Infinito...
 - Estou ficando velho.

Envelhecemos na carne.
O tempo, uma lição de amadurecimento
- Poucos acatam...

Envelhecemos desde o nascimento.
O envelhecimento incomoda
- E isola na imensa solidão.

Bebi da nascente de Jiquiriçá,
Brotei juventude.
- Vivo de dia, e de noite me curvo.

Perante o espaço fecho meus olhos cansados
Olhando o futuro no presente pouco visto...
- Por bons olhos é um todo completo.

A percepção faz produzir formas
Psicodélicas, por natureza...
- A imaginação incomoda.

O futuro...
Envelhecimento no espaço-tempo
- Que seja  assim por natureza.

O futuro pariu destinos por paixão
Pariu destinos por amor ...
- E perdeu-se na imensidão.

O futuro, distância da origem perdida?
Uma  busca desiludida.
- O passado é a solução dessas desilusões.

O tempo ainda não o alcançou
Para transforma-lo em passado...
- A verdade malpassada!

Tudo o que mais foi o que será, será?
O delírio se torna em rimas.
- A minha semântica é mais que, transformista.

Não existe tempo esquartejado o tempo é íntegro...
 As vidas estão todas gravadas nesse  espaço-tempo...
- Inclusive as que virão.

O mundo é um minúsculo ponto  a se deslocar no espaço
Formando linhas formas, cores e luz...
- Somos minúsculas partículas nesse cromos e homônimos!

Minha vida é íntegra no tempo.
Fato imperceptível pelas almas brutas,
- Que não sabem das suas...
.
Cada alma um tempo de ilusão.
Somos minúsculas partículas
- Na poeira do tempo.

Dormirei,
O sono é gratificante.
- Rejuvenesce e fortalece a alma...

Por: Sergio Barros e Marta Pinheiro
Maio de 2016



domingo, 14 de dezembro de 2014

MELODIA NO MAR



Melodia no mar

Teimei ao raiar do dia, só comigo mesma, a caminho do mar, sem vozes a me indagar, somente eu, marcando a areia, ao ressonar do mar, eu e o meu olhar, o reluzir do sol a colorir barcos, na beira mar. Lá, no topo da pedra, a mais alta, o silenciar da pesca, respeito à Iemanjá, pescador, fala com o olhar! A beira mar, no arrastão da rede, peixe se afoga no ar, com o soprar do vento, no ressonar das ondas, uma jangada no mar.
Marta Pinheiro – 12/12/2014

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O PRANTO

 

O PRANTO DA LAGOA ESCURA


Toda manhã

A lagoa Clama!

 

A criança

Implora!


Chora

Explora

 

Ao entardecer

O pranto da lagoa escura!

 

Lamenta

Se afunda

 

Chegando a noite.

O orixá chora


Aflora!

Flora,

Implora.

 

Socorro!

Escuta...

 



 







EPIDENDRUM 

 

Orquídea louca!

 

Grávida 

 

Da Vida...

 

Ao sugar 

 

De um beija - flôr.