Ao
entrar nesta sala, o forte cheiro da tinta. A modernidade da cor
ressalta a transparência da porta, iluminada pelo sol. Em mãos o
pincel, em tela uma vida que ficou.
A cortina movia-se conforme a brisa pela janela , com ela, fleche de luzes incandescentes. Sobre a mesa nua, o pequeno lampião ao lado da fruteira vazia. Lembranças de uma bela viagem.
A cortina movia-se conforme a brisa pela janela , com ela, fleche de luzes incandescentes. Sobre a mesa nua, o pequeno lampião ao lado da fruteira vazia. Lembranças de uma bela viagem.
O suor no corpo anuncia o verão. O pequeno povoado a beira mar. Ao cair do sol a lua surgia como grande anfitriã, no espetáculo das estrelas ao céu. Observar os corpos, naquele magnífico cenário, levava à busca do lápis e papel. Desenhar misteriosas formas era como decifrar as faces.
Cada detalhe rabiscado eram pontos deslocando-se no espaço. Os movimentos dos corpos , musica, dança e poesia. Formas de expressões surgiam como fotografias. Mas, lá estava à escuridão. A busca por um ponto perdido. Deixando escorrer entre os dedos, sentimentos e emoções.
Por: Marta Pinheiro